quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Abertas inscrições para cinema documentário‏


A pós-graduação em Cinema Documentário do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC) Fundação Getúlio Vargas está com inscrições abertas. O curso, de cunho teórico e prático, oferece oportunidades de inserção no mercado e em pesquisas no meio acadêmico. Ministrado por documentaristas e professores que promovem reflexões críticas sobre o tema, ao término do programa de disciplinas os alunos são estimulados a produzir um audiovisual pronto a ser submetido para financiamento.


A coordenação acadêmica é de Eduardo Escorel, cineasta que, entre outros trabalhos, assinou a montagem de obras como "Terra em Transe" e "O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro", de Glauber Rocha. Atuou ainda como docente na Escuela Internacional de Cine y TV, em Cuba, e assumiu cargos executivos na Embrafilme e na Associação Brasileira de Cineastas. O curso é voltado para graduados de todas as áreas do conhecimento que pretendem atuar profissionalmente como realizadores e pesquisadores de documentários. O início das aulas está previsto para abril. Mais informações no site www5.fgv.br/mgmrio.



Cineasta que começou a trabalhar no meio cinematográfico aos 20 anos como assistente de direção de Joaquim Pedro de Andrade em"O Padre e a Moça (1965). No ano seguinte, dirigiu com Júlio Bressane o documentário "Bethânia bem de Perto".


Nascido em São Paulo, em 1945, mudou-se para o Rio de Janeiro nos anos 1960, onde fez o curso de cinema promovido pela UNESCO e o Itamaraty e ministrado por Arne Sucksdorff em 1962 e graduou-se em ciências políticas e sociais na PUC.Para Joaquim Pedro, montou "Macunaíma" (1969), "Os Inconfidentes" (1971) e "Guerra Conjugal" (1974). Montou quatro filmes de Glauber Rocha "Terra em Transe" (1966) "O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro (1969), "Der Leone Have Sept Cabeças" (1970) e "Cabeças Cortadas" (1970) - além de ter trabalhado com outros diretores do Cinema Novo, como Leon Hirszman, em "São Bernardo" (1971) e "Eles não Usam Black Tie (1981). Em 1969, dirigiu o documentário de curta-metragem "Visão de Juazeiro", e em 1976 fez seu primeiro longa, "Lição de Amor", inspirado em Mário de Andrade.


Como montador, atuou em diversos filmes de diferentes diretores e estilos, desde "Cabra Marcado para Morrer" (1984), de Eduardo Coutinho, a "Dois Perdidos numa Noite Suja (2002), de José Joffily.


Em 1980 dirigiu "Ato de Violência" (1980), baseado em uma história real, e em 1984, "O Cavalinho Azul", adaptação da peça infantil de Maria Clara Machado. A partir da década de 1990 deu novo fôlego à sua faceta de documentarista, com destaque para os filmes da trilogia histórica: "1930 - Tempo de Revolução" (1990), "32 - A Guerra Civil" (1993) e "35 - O Assalto ao Poder (2002).


Montou ainda "Achados e Perdidos" (2005), de José Joffily.Em 2005, voltou à direção, em parceria com Joffily, no documentário "Vocação do Poder", filme sobre a campanha eleitoral de seis candidatos a vereador no Rio de Janeiro. No mesmo ano, lançou o livro "Adivinhadores de Água", com crônicas e ensaios seus sobre o cinema. Em 2007, lançou o documentário "Deixa que Eu Falo", sobre a vida e obra do cineasta Leon Hirszman. Seus próximos projetos são (37-45), "Os Golpes do Estado Novo" e "Falo de Coração", que retrata formas alternativas de atuação política no sertão nordestino. Em 2008, recebeu o Prêmio ABC, da Associação Brasileira de Cinematografia, pela edição do longa "Santiago" (2007), de João Moreira Salles.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

2ª Mostra Competitiva do 1º Festival do Júri Popular

O 1º Festival do Júri Popular prossegue com sua segunda mostra competitiva nesta terça-feira (17), a partir das 20h30 horas, no Cine Goiânia Ouro, com reapresentação na quarta-feira (18), às 12h30.

O Festival está sendo realizado de forma simultânea em 19 cidades brasileiras: Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Porto Alegre (RS), Salvador (BA), Brasília (DF), Belo Horizonte (MG), Recife (PE), Vitória (ES), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Goiânia (GO), Fortaleza (CE), Belém (PA), Aracaju (SE), João Pessoa (PB), Teresina (PI), São Luís (MA), Palmas (TO), Lençóis (BA) e Macapá (AP).

O evento apresenta uma nova fórmula do público interagir com o que assiste, se sentindo parte ativa do festival. Na entrada de cada sessão, todos os espectadores receberão uma cédula de votação referentes aos filmes a serem exibidos. Nela constarão informações sobre cada filme (como nome de diretores, fotógrafos, roteiristas, personagens) e um campo para a avaliação de todas as categorias separadamente. O espectador pode apontar como Ruim, Regular, Bom ou Ótimo, os itens julgados. Ao fim da projeção, as cédulas deverão ser depositadas numa urna instalada na saída das salas.

Premiação

A premiação e, por conseqüência, a avaliação do público serão nas seguintes categorias:Melhor Ficção, Documentário, Animação e Experimental;Melhor Direção, Roteiro, Fotografia, Montagem, Direção de Arte;Melhor Ator, Atriz;Melhor Trilha Sonora;O filme que receber o Grande Prêmio terá inúmeras gratificações, dentre eles: cópia 35mm do CTAv, Prêmio Aquisição Porta Curtas, oito horas de tape-to-tape dos Estúdios Mega, encode gratuito pela Rain, exibição antecedendo sessões mobilizadas da MovieMobz, distribuição em festivais pelo Curta o Curta, e outros serviços.

Programação

Minami em Close-up - A Boca em Revista, de Thiago Mendonça, 20', SP, doc - 41º Festival de Brasilia do Cinema Brasileiro: Melhor Direção (Prêmio oficial curta em 35mm).A trajetória da revista Cinema em Close-up, que nos anos 70 tornou-se um sucesso de vendas publicando fotos de atrizes em poses sensuais e de seu editor Minami Keizi, é o ponto de partida para contarmos a história dos filmes da Boca do Lixo e seus personagens.

Beijo Francès, de Paulo F. Camacho, 10', RJ, fic - O tecido da intimidade de um casal que se depara com o que não tem solução: a solidão, em estado bruto.35mm, 2009, cor. 10' - RJ - PAULO F. CAMACHO. O diretor é um filtro de ver as coisas. Formado em cinema em 1999, embarcou em diferentes empreitadas audiovisuais a procura de uma linguagem própria. Usa barba e às vezes deixa apenas o bigode, é goleiro por falta de intimidade com as pernas e tem o costume de desaparecer para exercitar o ilusionismo.

No Tempo de Miltinho, de André Weller, 18', RJ, docInvestigação musical. Miltinho, cantor atuante desde os anos 40, empresta sua peculiaríssima voz para falar. O inconfundível estilo do Rei do rítmo é dissecado em entrevistas, apresentações musicais e imagens de arquivo.HDcam, 2008, cor. 18' - RJ - Festival do Rio 2008, Festival Pedra Que Brilha - Itabira, Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro - Curta Cinema 2008, Festival da Lapa. ANDRÉ WELLER. Diretor, diretor de arte e músico. Dirige vídeos para tv, filmes institucionais e clipes musicais. Eleito o melhor diretor de arte pela MTV 1999 e festival de Goiânia 2006.

Noite de Serão, de Fernando Secco, 15', RJ, ficCinco caras... um sofá... uma esquina... e... nada a fazer. Último filme da Trilogia do Trabalho. DV, 2008, cor. 15' - RJ - Prêmio de Melhor Diretor, 13° Festival Brasileiro de Cinema Universitário, Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro – Curta Cinema 2008, Mostra CineBH, entre outros. FERNANDO SECCO. Diretor de doze curta-metragens, além de editor de um total de vinte e um curtas. Atualmente, trabalha na finalização dos curtas A Mulher e a Paisagem, de Paulo Ricardo de Almeida e Esquimó, seu primeiro documentário. Cursa Cinema na UFF, trabalha com edição de imagem e é editor da Revista Moviola (www.revistamoviola.com.br).

A Armada – O Outro Lado do Descobrimento, de Ric Oliveira, 14', SP, anim - 35mm, 2008, cor. 14' - SP - 18º Curta Kinoforum - Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo, ANIMAGE - I Festival Internacional de Cinema de Animação de Pernambuco, 3° Festival do Paraná de Cinema Brasileiro e Latino, entre outros. Filme de animação inspirado na carta de Pero Vaz de Caminha e Os Lusíadas de Camões. Narra a viagem do descobrimento do Brasil, onde os deuses do Olimpo são representados pelos orixás do candomblé. RIC OLIVEIRA. Paulista, tem 40 anos; é arquiteto e trabalha com animação 3D de projetos de urbanização de favelas. Atua como curta-metragista e roteirista desde 2003. A Armada, o outro lado do Descobrimento é seu terceiro fiilme.

A Mulher Biônica, de Armando Praça, 19', CE, fic - 41 Festival de Brasilia do Cinema Brasileiro. Um dia e duas lembranças da vida de Marta.35mm, 2008, cor. 19' - Ce - ARMANDO PRAÇA. Formado em Dramaturgia e Realização Audiovisual pelo Instituto Dragão do Mar. Reside em Fortaleza - Ceará, onde conclui estudos em Sociologia e trabalha como Assistente de Direção, Roteirista, Diretor e Produtor há 10 anos.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Ilha das Flores: marco estético completa 20 anos


Um ácido e divertido retrato da mecânica da sociedade de consumo. Acompanhando a trajetória de um simples tomate, desde a plantação até ser jogado fora, o curta escancara o processo de geração de riqueza e as desigualdades que surgem no meio do caminho. Gênero Documentário, Experimental. Diretor Jorge Furtado. Elenco Ciça Reckziegel. Ano 1989. Duração 13 min. Cor Colorido. Bitola 35mm



Ficção em formato documental, filme de Jorge Furtado continua estranhamente contemporâneo – com um caráter visionário, o qual se situa na realidade que a obra retrata e ainda se faz, e cada vez mais, presente. Título tornou-se um ícone, dando origem a uma nova forma de narrativa cinematográfica."A câmera mostra exatamente o que o texto diz, da forma mais didática, óbvia e objetiva possível. Quando o texto fala em números eles são mostrados num quadro negro ou em gráficos." Esta foi, inicialmente, e para mim ainda é, a sinopse primária de um dos curtas-metragens brasileiros mais famosos no mundo, Ilha das Flores, de Jorge Furtado, que completa em 2009 seus 20 anos de lançamento.


O título tornou-se um ícone estético, dando origem a uma nova forma de narrativa cinematográfica no Brasil e influenciou muita gente em boa parte do planeta. Para marcar a data, o filme será exibido neste sábado, às 12h20min, no programa Curtas Gaúchos, da RBS TV. Haverá reprise na TVCOM domingo, às 8h15min, e à meia-noite.


Assista ao curta-metragem Ilha das Flores no site Porta Curtas: http://www.portacurtas.com.br/Filme.asp?Cod=647).


Ficção em formato documental, Ilha das Flores (1989) continua estranhamente contemporâneo – com um caráter visionário, o qual se situa na realidade que a obra retrata e ainda se faz, e cada vez mais, presente. É difícil ainda hoje não vê-lo como um documentário. O filme apresenta, em tintas cruas, o círculo do consumo em suas fases básicas e presentes, narrando em off a trajetória de um tomate, desde sua plantação até ser descartado, no aterro sanitário da Ilha das Flores, na região metropolitana de Porto Alegre.


Ilha das Flores foi amplamente reconhecido, recebendo vários prêmios, entre eles o Urso de Prata no Festival de Berlim 1990; Prêmio Crítica e Público no Festival de Clermont-Ferrand 1991; e Melhor Curta no Festival de Gramado 1989. Também rendeu reclamações de figurantes locais, que disseram que "não era nada daquilo" que se via no filme. Confusão entre realidade e ficção, eis o que a linguagem desta obra marcou na História do cinema contemporâneo.


A produção, da Casa de Cinema de Porto Alegre, tem o roteiro inspirado na linguagem do discurso científico – com percentuais, gráficos e olhar distante do objeto de observação, cuja raiz deu origem ao relato documental-jornalístico. O filme, embora pareça, mas não é, um documentário, mostra como a economia gera relações desiguais entre os seres humanos. E também mostrou como uma linguagem pode parecer o que não é. No limite, mostrou o que é arte.


Poder-se-ia dizer que Furtado quis fazer filosofia da linguagem, exercitando paradoxos, ou, quem sabe, talvez, um manifesto. Sobre um fundo preto há, em branco, por exemplo, o seguinte: "Este não é um filme de ficção". "Esta não é a sua vida." "Deus não existe." Na América cristã, ninguém foi tão longe no cinema até hoje. Ilha das Flores foi eleito pela crítica européia, em 1995, como um dos 100 mais importantes curtas-metragens do século 20.Na arte do cinema, no âmbito estético e do discurso, pode-se dizer ainda não há nada igual. (Simone Marques)


Jorge Furtado e o cinema construtivo


Em sua monumental e já célebre dissertação sobre o cinema documentário brasileiro1, Sílvio Da-rin analisa os documentários de Jorge Furtado no mesmo capítulo dedicado a Arthur Omar, e os dois sob a égide do cinema reflexivo. Cinema reflexivo seria aquela espécie de documentário que não considera mais a câmera como espelho privilegiado da realidade, mas como objeto problemático, frágil, que merece que se mergulhe por um tempo no problema da representação documentária.


Exemplo típico é Congo, de Arthur Omar que, ao invés de ser o documentário etnográfico que todo mundo espera de um filme com esse nome, não nos dá nenhuma imagem desse ritual folclórico, mas antes enche a tela de questionamentos a respeito da representabilidade de um movimento vivo para a tela. Se inserem, então, na categoria de filmes reflexivos aquelas obras que problematizam pela própria linguagem do documentário as "verdades" e os "documentos" que elas estão trazendo à luz (do público, da tela).


Leia a crítica cinematográfica a Ilha das Flores no site da revista Contracampo.http://www.contracampo.com.br/47/furtadocumentario.htm

1. Sílvio Da-rin,O Espelho Partido – Tradição e transformação do documentário cinematográfico. Dissertação de Mestrado. Rio de Janeiro, ECO/UFRJ, 1995.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

ABD-GO participa de lançamento do edital do Cine+ Cultura

Beto Leão, presidente da ABD-GO, e Luiz Felipe Mundim, coordenador do Cine + Cultura/ABDO-GO: “Verba garantida”












Audiovisual com mais capacitação

MinC lança edital para seleção de 100 novos exibidores, pelo programa Cine + Cultura. Em Goiás, a Associação Brasileira de Documentaristas (ABD-GO) é um deles.



O Ministério da Cultura (MinC) lançou anteontem, durante Encontro Nacional com Novos Prefeitos e Prefeitas, em Brasília, o edital para seleção de 100 Cines + Cultura, uma das iniciativas do Programa + Cultura, lançado pelo MinC e que faz parte da Agenda Social do governo federal. O objetivo da ação é rearticular os exibidores contemplados pelo projeto iniciado em 2006, através de edital da Secretaria do Audiovisual (SAv/ MinC), para formação de Pontos de Difusão Digital (PDD) por todo o Brasil.Os selecionados receberão kits com equipamentos de projeção digital, incluindo uma câmera MiniDV, além de obras do acervo da Programadora Brasil e material para oficinas de exibição.

A ação atuará sobre o tripé tecnologia digital, conteúdo e capacitação para a atividade exibidora e cineclubista.Representante do projeto em Goiás, a Associação Brasileira de Documentaristas – Seção Goiás (ABD-GO) também participou da iniciativa, caracterizada por ações simultâneas em todo o Brasil. Além do lançamento oficial em Brasília – que contou com a presença dos ministros Juca Ferreira (Cultura), Patrus Ananias (Desenvolvimento Social e Combate à Fome) e Guilherme Cassel (Desenvolvimento Agrário) –, o secretário do Audiovisual do MinC, Silvio Da-Rin, deu o `play´ da primeira sessão de um Cine + Cultura em São Sebastião da Boa Vista, na Ilha do Marajó, no Pará. Todas as ações foram transmitidas ao vivo, por webconferência, para o Encontro Nacional com Novos Prefeitos e Prefeitas, em Brasília.

Exibição

O edital nacional para a seleção de 100 novos núcleos de exibição visa, entre outras metas, a ampliação da rede de exibidores não comerciais em todas as regiões do País. Nesse sentido, o edital contemplará núcleos prioritariamente localizados em periferias de grandes centros urbanos e em municípios integrantes dos Territórios da Cidadania, localidades com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Os pontos selecionados integrarão o programa Cine + Cultura.

As oficinas de capacitação cineclubista têm como objetivo capacitar os participantes para a realização de programação, divulgação e debates das sessões; apoiar a formação dos oficinandos com introduções à história do cinema e linguagem cinematográfica; e oferecer informações sobre questões relevantes e atuais relativas à atividade exibidora como direitos autorais e sustentabilidade.Formar públicoPara Luiz Felipe Mundim, coordenador do Cine + Cultura da ABD-GO, o edital vem preencher uma lacuna no setor audiovisual brasileiro, cujos reflexos também são sentidos em Goiás. "Acreditamos que o projeto será um sucesso. Nós, da ABD-GO, vamos promover uma maior acessibilidade do público goiano aos conteúdos do programa. Com os equipamentos oferecidos, esperamos implementar um programa local de formação de público cinematográfico", avisa Mundim.Após a aquisição dos equipamentos e da capacitação, os Cines receberão filmes e vídeos do catálogo da Programadora Brasil (http://www.programadorabrasil.org.br/). Pela iniciativa, filmes e vídeos nacionais serão encartados em DVD e licenciados para exibição pública, por meio de permissão de uso. A programadora reúne hoje um acervo de 330 obras nacionais, organizadas em 103 programas (DVDs). São filmes históricos e contemporâneos, curtas, médias e longas-metragens, de todos os gêneros.Ao longo de dois anos, cada Cine + Cultura poderá solicitar até 12 programas por trimestre de trabalho e fazer uma nova solicitação após a entrega dos relatórios das atividades.

Os Cines terão que exibir por ano 60% de conteúdo nacional, podendo ser ou não da Programadora Brasil, com total liberdade de escolha dos títulos das suas sessões.Segundo Luiz Felipe Mundim, a previsão do MinC é de instalar, até 2010, mais mil unidades do Cine + Cultura. "A verba já está garantida", afirma.

Programa

Lançado em setembro de 2008, o programa Cine + Cultura já realizou, até o momento, seis oficinas, em parceria com o Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros (CNC). As oficinas foram realizadas nas capitais de São Paulo, Minas Gerais, Paraíba, Pará, Ceará e Bahia.Outra importante ação desempenhada pelo Cine + Cultura foi a iniciativa de contabilizar o público de sessões não comerciais em diferentes espaços do País (escolas, espaços culturais, cineclubes, na rede Sesc e em mostras e festivais), por meio de um site dotado de um banco de dados para essa função.

Apoio

Para os interessados em concorrer ao edital de seleção do Cine + Cultura, Luiz Felipe Mundim avisa que a Associação Brasileira de Documentaristas – Seção Goiás (ABD-GO) está à disposição para dar esclarecimentos e oferecer consultoria e apoio logístico necessário para inscrição no programa.Ainda sem sede própria, a ABD-GO funciona atualmente no Centro Cultural Cara Vídeo, na Rua 83 nº 361, Setor Sul. O telefone para contato é (62) 3218-6895. Quem preferir, pode entrar em contato diretamente com Luiz Felipe, pelo telefone (62) 8453-2568 ou por e-mail (luizmundim@gmail.com).

Diário da Manhã - 13.02.09